Conteúdo do curso
Módulo 1 – Ver antes de desenhar
Antes de mover o lápis, é preciso educar o olhar. Este módulo convida os participantes a desacelerar e observar com atenção — percebendo formas, proporções, ritmos e relações espaciais. Aprender a ver é o primeiro passo para desenhar com consciência e sensibilidade.
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Módulo 2 – Forma, luz e volume
O desenho ganha profundidade quando compreendemos como a luz modela as formas. Aqui, introduzimos fundamentos de sombreamento, contrastes e gradações tonais para revelar o volume dos objetos e a atmosfera da cena. A tridimensionalidade emerge do jogo entre claro e escuro.
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Módulo 3 – Linhas que descobrem o mundo
A linha é o gesto primeiro que dá forma ao invisível. Neste módulo, exploramos as diferentes qualidades da linha — suas intensidades, direções e expressividades — como meio de investigação e construção do desenho. A linha deixa de ser contorno e se torna caminho.
Módulo 4 – Poética do olhar
Mais do que representar o mundo, o desenho também é forma de interpretá-lo. Neste módulo final, refletimos sobre a subjetividade do olhar e incentivamos abordagens autorais. O foco é integrar técnica e expressão, transformando o desenho em linguagem pessoal e poética.
O Ritual do Desenho

Desenhar é mais do que simplesmente traçar linhas sobre uma superfície — é, antes de tudo, um exercício de atenção profunda. Quando falamos do desenho como escuta visual, estamos propondo uma mudança de perspectiva: desenhar não como um ato de impor formas ao papel, mas como uma forma de escutar com os olhos.

 

Assim como a escuta exige silêncio interior para acolher o outro, o desenho exige do olhar uma suspensão dos automatismos — aquilo que achamos que vemos — para, então, perceber o que de fato se apresenta. Escutar visualmente é deixar que o mundo fale por meio de suas formas, volumes, luzes, texturas e ritmos. É um ato receptivo, paciente e respeitoso diante da presença do objeto ou da cena.

 

Nesse sentido, o desenho se aproxima da escuta sensível de um músico diante de uma melodia ou de um terapeuta diante de uma narrativa: não se trata de dominar, mas de acompanhar, compreender e traduzir em outra linguagem o que se revela. O lápis torna-se um instrumento de tradução visual, uma extensão do olhar que se dispõe a captar nuances que só se tornam visíveis para quem está, de fato, escutando.

 

Ao adotar o desenho como escuta visual, o praticante desenvolve um olhar mais atento, sensível e relacional. Aprende a esperar, a observar sem pressa, a perceber a singularidade de cada forma. O mundo, então, deixa de ser um conjunto de objetos para se tornar um conjunto de presenças. Desenhar, nesse caso, é escutar com os olhos aquilo que as palavras não conseguem dizer.

 

Acesse o desafio da semana na aba arquivos.

Arquivos
Desafio- o desenho como escuta visual.pdf
Tamanho: 5,88 MB